Como dizia minha avó, ando inventando moda. E não é necessariamente no bom sentido.
Bom, triste com minha primeira péssima experiência,
mas decidida a conseguir fazer isso direito, lá fui eu.
Fiz meu pedido na Prince e mandei vir por Sedex. Esse negócio de esperar
definitivamente não é comigo! Fiz o pedido da segunda revista, pois estava decidida a fazer a técnica da capa do listrado que parecia fantástica.
Lá fui eu pra papelaria comprar o resto das coisas. Descobri que precisava de fita crepe e pelo menos mais um pincel. Comprei um mop básico baratinho pra ajudar na tarefa.
Cabeça-dura que só, decidi que isso ficaria direito! Troquei o adesivo da borda do bastidor (descobri que mesmo encapando a tinta escorre para a madeira pelos buracos da tachinha, só que bem menos) e lá fui eu. Escolhi o maior dos lenços que eu tinha pedido 70x70cm que eu descobri ser a decisão errada quando estava no meio da brincadeira de ficar encrepando as listras medidas cautelosamente.
A aprender... se eu já achava que marcar parede com fita crepe já não dava muito certo, imagine seda onde qualquer coisa e tudo tem 100% de chances de escorrer para onde não devia!
Mas sabe como é, há de se ter fé...
E lá fui eu e minha fé que aquilo ía dar certo. Até agora estou tentando descobrir qual o ponto correto do espessante. Descobri que esse negócio de "ponto de mel" é muito relativo e que fica um grude, super escuro e não espalha nada. Ah claro, espalhar não espalha, mas escorrer pra baixo da fita crepe.....
Se eu disser que tudo borrocou vou estar me
ntindo, mas que não é nada alegre saber que não tem como consertar (como se faz com a parede) pintando por cima, é agoniante! Fora que em teoria dava pra fazer ficar num degrdê mesclado com uma cor entrando pela outra delicamente... Quem disse?
Também foi nesse que eu descobri que guta velha não cola depois de cozida... Aparentemente o grafitado era a única coisa que tinha ficado semi-decente e está indo em bora em pequenos filetes plásticos...
Outra burrice colossal foi inventar de fazer o negócio do sal. Essa coisa de misturar muitas técnicas não rola.. Eu li e vi uns vídeos sobre técnicas de manchado com sal que pareciam uma graça, mas que definitivamente não servem para esse trabalho. Foi um deus nos acuda. E o sal é que nem a água, depois que coloca, já era a marca! Só refazendo e rezando para sair certo. Larguei o sal lá, já tava ferrada mesmo....
Como tudo na vida é a experiência, engoli mais essa, mas sabe como é, não dá pra desistir quando se está aprendendo!
Dessa vez aprendi que a mesa é minha melhor amiga e que devo pintar sobre ela, bem encapada, grudada e protegida o melhor possível.
Aprendi (a duras penas) que qualquer trabalho com as tintas deve ser feito em cima da mesa, com a devita proteção plástica por baixo para não ficar de novo com o corpo quase todo pintado quando virar vidros mal fechados de lado e derramar um monte de tinta (de novo) no chão (e no corpo todo).
Em termos de textura ficou melhor que o outro, mas ainda está esquisito. Começo a achar que papel craft pardo não substitui papel pardo comum. Vou comprar pardo essa semana antes de cozinhar os outros para ver se é esse mesmo o problema. Taí o resultado semi-catastófico. Pelo menos achei a experiência melhor que antes.
Continuo aprendendo.
Material:
- Lenço de seda Pongée 8 (70x70cm)
- Fita crepe
- Régua
- Caneta invisível para tecido
- Cores: Lotus, Indien e Violine (linha escura); Carmim+Vermelho vivo+Salmon, Amarelo vivo e Mousse+Pinus (linha clara)
- Gutas: Ouro rico, Ouro e Vermelho
- Sal (fino iodado)
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